História e expressão nas obras de Paulo Frade

1- Impermanência:

Paulo Frade, em “Impermanência”, mescla elementos pessoais e históricos. Ao escolher sua família como epicentro dessa obra, ele evidencia a solidez e a importância dos laços familiares em sua jornada. As figuras de sua mãe, Erina, e de sua tia, Neyde, tornam-se representações vivas do passado e do presente, com a sua tia segurando carinhosamente uma foto de seu avô materno, Vicente Barreiros.
O terço, proeminente na pintura, é uma representação da fé e da espiritualidade que norteia o caminho de Frade. Enquanto que na parede “pichada” ao fundo, a inscrição “IMPERMANÊNCIA” se declara em destaque. Esta palavra, carregada de significados, ressoa como uma meditação sobre a transitoriedade da existência e a interseção entre o efêmero contemporâneo e a eternidade do clássico.
Essa é uma característica distintiva do mestre Frade. Em sua arte, Frade conta histórias com a pintura, invocando emoções. “Impermanência” é uma obra que exemplifica sua habilidade de criar pontes entre épocas, sentimentos e memórias, resultando em um retrato visual cativante e inesquecível para o apreciador.
2- Adoração dos Magos:

Na obra “Adoração dos Magos”, Paulo Frade transporta o apreciador das artes para um cenário clássico, imbuído de significado e espiritualidade. A história bíblica, que descreve a visita dos três magos ao recém-nascido Jesus, é um dos temas revisitados nas artes, e Paulo, com sua maestria, adiciona sua própria interpretação visual ao cânone.
Em um mundo dominado pela velocidade e pelo efêmero, a escolha de Frade em se ater à arte clássica é um chamado à contemplação, um convite para que nos reconectemos com o belo e o divino, enaltecendo a cultura. Ele não somente nos apresenta uma representação visual, mas uma experiência, onde a pintura se torna um espelho refletindo sentimentos universais de reverência, busca e admiração.
Através de “Adoração dos Magos” e de outras obras, Paulo não só celebra a grandiosidade da arte clássica, mas também enfatiza sua capacidade de se comunicar, de tocar almas e de estabelecer pontes entre eras. Com pinceladas que mesclam técnica e paixão, ele compõe um legado que transcende a tela, ressaltando o poder da arte em iluminar, inspirar e transformar.
3- Cartaz do filme 1964:

Em 2019, a trajetória artística de Paulo Frade se destacou no campo do cinema. Com a responsabilidade e a honra de criar o cartaz do filme “1964”, Paulo, mais uma vez, demonstrou sua habilidade em capturar e transmitir a essência de um momento histórico em tela.
O filme, que se destacou no cenário nacional, alcançando mais de 10 milhões de visualizações, reverberou além das fronteiras, ganhando destaque internacional. E, no coração deste sucesso, estava o cartaz concebido por Frade, que com sua técnica clássica e sensibilidade aguçada, conseguiu sintetizar visualmente a complexidade e a emoção da narrativa do filme.
Este projeto ilustra a versatilidade de Paulo, que não se limita a retratos, mas também abraça desafios contemporâneos, adaptando sua abordagem clássica para contextos modernos. O cartaz tornou-se mais do que uma simples imagem promocional; tornou-se uma obra de arte por si só, atraindo e capturando a atenção do público.
4 – Morto não fala:

Em 2018, Paulo Frade foi convidado a conceber uma obra que não só retratasse a essência de um filme, mas que também capturasse o espírito enigmático e intenso de “O Morto Não Fala”, sob a direção de Dennison Ramalho.
A obra precisava encapsular o suspense, o mistério e a profundidade do enredo. Com Daniel de Oliveira, protagonista da trama, como modelo, Frade, utilizando sua técnica inconfundível, foi capaz de representar na tela a profundidade do personagem (Stênio), dando vida ao papel de Daniel de maneira ímpar.
A obra final não apenas serviu como capa do filme, como também se evidenciou a conexão entre cinema e arte clássica. Mostrou-se, mais uma vez, a capacidade de Paulo Frade de transcender gêneros e contextos, consolidando sua posição como um artista em destaque de sua geração.
5 – Exposição Camada Intermediária:















Em 2014, a cena artística de São Paulo ganhou um brilho adicional com a exposição “Camada Intermediária”, fruto da mente criativa de Paulo Frade. O convite para tal exibição veio do renomado Epicentro Cultural, reconhecendo o valor e a profundidade das criações de Frade.
Durante o evento, os visitantes tiveram a oportunidade de apreciar a perspectiva única de Paulo, por meio de mais de 10 obras expostas. A exposição “Camada Intermediária” solidificou o espaço de Paulo Frade no cenário artístico paulistano, na exposição telas que traduzem emoções complexas em contribuição para a cultura e a arte brasileiras.
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